Título: Maria Callas, um ícone da música, ganha novo retrato em filme de Pablo Larraín O diretor chileno Pablo Larraín concluiu sua trilogia sobre figuras históricas femininas com “Maria Callas”, um filme que explora a vida da cantora de ópera greco-romana em seus anos finais, em Paris dos anos 1970. A trilogia, que já inclui “Jackie” e “Spencer”, é marcada por sua capacidade de centralizar a potência dramática nos relacionamentos entre as personagens e o seu entorno. Em “Maria Callas”, o diretor investiu em planos longos e uma linguagem cinematográfica que entrega o holofote para uma atuação potente de Angelina Jolie. A atriz consegue retratar as diferentes facetas da personagem, passando da sua vida pública como uma diva da música à sua solidão e introspecção em sua vida privada. O filme também apoia em uma estratégia de personagem mais contida, centralizando a narrativa em apenas alguns coadjuvantes, o que simboliza a solidão de Maria Callas e herói o desenvolvimento dramático da personagem. A relação entre a cantora e seus criados, os únicos personagens que parece se importar realmente com ela, é interessante, pois simboliza aspectos mais implícitos da protagonista. A atuação de Angelina Jolie vai muito além de um Oscar bait padrão de filme biográfico, pois a atriz consegue retratar bem as diferentes facetas da personagem e toma um caminho inverso ao das valeta para os aspectos menos glamourizados da cantora.

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